Força de vontade, dedicação, disciplina e motivação. Esses são alguns dos segredos de Rolando Valcir Spanholo, que foi de borracheiro de carros a juiz do Tribunal Regional Federal, em Brasília.
Não desistir dos sonhos foi um dos passos mais importantes do juiz.
Você anda pensando em desistir dos seus sonhos porque eles parecem estar longe de serem alcançados?
Fique aqui e acompanhe as técnicas de estudo para passar em concurso público utilizadas pelo, ex borracheiro, juiz federal.
Rolando Valcir desde os 9 anos de idade já ajudava seu pai e seus irmãos lavando carros e consertando pneus como forma de sobreviver.
De origem muito simples, começar a faculdade de Direito só serviria para melhorar um pouco a vida. Afinal de contras, a situação financeira estava tão crítica que ele e seus irmãos trocavam, entre eles, de roupas e sapatos para não irem à faculdade todos os dias vestidos com a mesma roupa.
Entretanto, graças a um professor que insistiu para que ele fizesse um curso para magistratura sua vida mudou.
Spanholo afirma que graças a esse professor, ao final do curso ele fez uma seleção para estudar na Escola Superior da Magistratura e para a grande surpresa, ele passou.
Porém, a instituição ficava a mais de 400 quilômetros de sua casa. Quer saber o que aconteceu?
Veja abaixo a história de Rolando contada em dicas de como passar em concurso para juiz do Tribunal Regional Federal.
Dicas do juiz do Tribunal Regional Federal
Nunca desista…
… e se desistir, saiba se levantar. Por mais que o caminho pareça estar ficando mais difícil, não desista. Estudar a mais de 400km longe de casa não foi uma barreira para Rolando.
O jovem precisou se desdobrar entre trabalhar em escritórios aos finais de semana enquanto passava de segunda a sexta estudando para concurso em casa.
Rolando conta que chegou perto da aprovação para promotor, procurador, juiz do Tribunal Regional Federal, juiz do trabalho e juiz estadual entre 1999 e 2003, exatamente quando teve que dar um tempo nos estudos, pois sua esposa estava grávida.
A decisão foi muito difícil, mas foi superada e em 2010 ele decidiu correr novamente atrás de seu sonho: ser juiz do Tribunal Regional Federal.
Faça várias provas
O juiz conta que nesta retomada em 2010, ele fez várias provas para diminuir seu tempo. Na verdade, foram dezenas de seleções desde então.
O objetivo era um: se preparar para quando saísse o esperado cargo de juiz do Tribunal Regional Federal.
Ter em mente qual cargo quer passar é um grande passo.
Tenha referências
Uma das formas que Rolando viu para se sentir mais perto do seu sonho, era estudar a vida de pessoas que já haviam alcançado aprovação no concurso que ele queria.
Assim, ele identificou o que havia de comum, em relação a estratégias e métodos de estudos, para traçar o plano de como se prepararia.
Resumos
Em meio a essas análises, o ex-borracheiro percebeu que aprender a fazer mapas mentais e resumos eram uma boa alternativa para passar em concurso público.
Afinal de contas, ele não tinha tempo para ficar revendo a matéria. Foi assim que ele conseguiu acumular 200kg de resumos.
Entre os resumos eficientes, estavam grifos nas leis que ele considerava mais importantes e sinopses com os julgados dos Tribunais Superiores.
Motive-se
Para suportar todo o estresse e o desinteresse, uma de suas válvulas de escape era assistir relatos motivacionais de pessoas que haviam passado pelo mesmo que ele estava passando.
“Durante o momento em que eu fazia a prova oral, não duvidei da minha capacidade. Lembrei-me de cada fase da minha vida, dos meus pais, das privações e das quedas”, relata.
“Entrei naquele recinto pronto para ‘lutar’ por mim e por todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, acabaram me ajudando a chegar naquele lugar. Não podia decepcioná-los.”
Espere e confie
Por fim, após tantos anos de luta, o resultado do certame para o Tribunal Regional Federal saiu no final de 2014, e Rolando ficou entre os 60 primeiros classificados.
Surpreso com a boa colocação, ele se diz orgulhoso da trajetória e atribui o resultado ao esforço e ajuda dos familiares e amigos.
“Não sei explicar direito, mas é como se as pessoas precisassem ver diante dos seus próprios olhos uma prova de que também elas podem superar seus limites pessoais e alcançar os seus sonhos”, concluiu, Rolando Valcir Spanholo, juiz do Tribunal Regional Federal.