A história de Andreia Ricas Palhares, de 25 anos, com os concursos públicos, começou cedo: aos 20 anos ela já tinha sido aprovada como técnica administrativa do Ministério Público da União (MPU); aos 21 mudou para o cargo de analista processual do MPU; e aos 23 já ocupava o cargo de procuradora da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que exerce até hoje.
“Foi uma conquista que eu nem acreditava muito e deu certo. Achava que não estava preparada por ser nova, mas na verdade todos conseguem, todo mundo é capaz”, afirma Andreia. Ela ficou entre os 100 melhores no concurso da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional de 2012, que teve mais de 21 mil candidatos inscritos. Ela tomou posse em julho de 2013 e conseguiu uma vaga na sua cidade, Cuiabá.
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Aprovada como procuradora
O salário oferecido foi de R$ 14.970,60 para jornada de 40 horas semanais. Os candidatos deveriam ter nível superior em direito e dois anos de prática forense. Segundo o órgão, foram nomeados 263 candidatos para o cargo, sendo 193 fora das 70 vagas oferecidas inicialmente.
Como procuradora, Andreia já atuou com execução fiscal, de dívidas e cobrança de tributos, mas agora trabalha diretamente com a população, fazendo atendimentos e tirando dúvidas sobre regras tributárias e parcelamentos.
MPU
A rotina de estudos de Andreia para concursos começou quando ela ainda estava no terceiro ano da faculdade de direito e começou o cursinho da LFG. Ela frequentava as aulas de manhã, fazia estágio no período da tarde e à noite ia para o cursinho.
Andreia soube que o edital do concurso do Ministério Público da União (MPU) iria sair e começou a estudar. A preparação antes da publicação durou 4 meses e foi feita com base em editais e provas anteriores.
Ela estudava 4 horas por dia no cursinho e mais 4 horas por dia aos finais de semana. “O ideal e saudável é conciliar [estudo e diversão]. Ninguém aguenta ficar só estudando e não fazer mais nada, a pessoa entra em paranoia. Ela não pode perder o dia de estudo, mas dá para ter uma medida”, afirma.
Como ainda estava terminando a graduação, ela fez as provas de níveis médio e superior para não perder nenhuma chance. Andreia foi aprovada nos dois cargos: em 6º lugar para técnico administrativo e em 12º para analista processual, ambos em Mato Grosso do Sul. Ela assumiu o cargo de técnica no fim de 2010 e permaneceu por 11 meses até ser convocada para a vaga de analista, entre setembro e outubro de 2011, quando já tinha se tornado bacharel em direito.
“Como trabalhava em um cargo de nível superior [como analista do MPU], comecei a ver para onde mais eu poderia crescer. Não foi algo programado, mas o concurso para procurador era um que eu já podia fazer”, conta Andreia.
Ela manteve o estudo mesmo após as aprovações no MPU para não perder o ritmo. Eram 3 a 4 horas de estudo por dia, inclusive aos finais de semana. A preparação para o concurso da Procuradoria teve início 6 meses antes da publicação do edital. Ela tirou férias para se dedicar exclusivamente à Procuradoria e passou a estudar de 7 a 8 horas por dia.
Andreia manteve o estudo durante as provas e, considerando todas as fases, a preparação totalizou 1 ano e meio.
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Com os conhecimentos adquiridos na faculdade ainda na memória, a procuradora dedicou mais tempo para as matérias direito tributário e direito processual civil, que tinham 20 questões cada.
“Estudei muito com base em provas anteriores para saber o que seria exigido de mim. Na verdade, ninguém consegue ver tudo ou estudar 100% do direito. Eu tinha que focar em alguma coisa e por isso fui ver o que já pediam”, afirma Andreia.
Além desses resultados, Andreia também foi aprovada em concursos para os cargos de analista de tribunal, técnico de defensoria e de nível médio do Banco do Brasil, mas não assumiu.
Dicas para candidatos
Para quem ainda está em busca de sua vaga, a procuradora diz para os candidatos não se compararem com os outros e para manter o controle emocional. “Conheço muitas pessoas que são bem preparadas, mas que não conseguem passar porque ficam nervosas”.
Andreia não indica loucuras e ressalta a manutenção de uma rotina saudável, conciliando estudo, atividade física e programas com os amigos.
“É importante manter a persistência, ver provas anteriores e focar a preparação no que a prova vai exigir”.
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